"Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei pra proteger, já ri quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, decepcionei-me muitas vezes! Já chorei ao ouvir música e ao ver fotos, já liguei só pra escutar uma voz, apaixonei- me só por um sorriso, já pensei que fosse morrer de saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)! Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida... e você também não deveria passar! Viva! Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é MUITO para ser insignificante." (Charlie Chaplin)
Nasci em Moçamedes (Angola) no ano de 1970...
As minhas lembranças desse tempo jazem num jardim de acácias amarelas...
Arrancaram-me o jardim, a minha identidade, o meu sorriso...
Enviaram-me para um país distante e deram-me um cobertor que nunca foi suficiente para me aconchegar...
Sonhava todos dias ter asas para poder voar.
Pensava eu que se tivesse umas asas, conseguia voltar ao meu jardim.
O tempo foi passando e eu cresci, sempre deambulando dum lado para o outro, tentando encontrar algo que me mostrasse estar vivo...
Sou pai do Frederico e da Beatriz, a quem amo e agradeço todos dias
por me mostrarem o que é efectivamente o amor...
Acho que tenho pago por tudo o que tenho usado...
Hoje já não quero ser anjo, mas continuo a procurar as minhas asas brancas.
Hoje sei de que são feitas realmente e não quero perder a coragem para as conquistar.